quarta-feira, dezembro 28, 2005
Sob teu sabor
Beijar esses teus seios...
Seria uma forma de unificar paladar e corpo
Corpo este tão delicado
Bem desenhado
Desenhado sob um projeto de um arquiteto do prazer
Quero sentir o teu sabor
Quero escutar o teu gemido
E ampliar minha libido..
Temperar teu corpo com as especiarias divinas
Permanecer estático adimirando curvas, detalhes
Provar da tua claridade impecável
Num toque singelo e estável
Mas nesses dias pensei em tudo isso
Amanhã não farei nada disso
Farei?
Farei como um faminto em busca do pão
No qual meu pão é sua coxa
Atentarei para o arrepiar do teu braço
No momento do sussurar no teu ouvido
Mais uma vez aumentanto a libido
Diga-me como não gritar
Ao ver esse contorcionismo de volúpia
Ver teu gozo e o meu sob sua púbis
Num gesto experimental vejo sob a luz
Teu clitóris em pela harmonia com a vulva
Que me envolve de paixão
Mostre-se, toque-se novamente aumentando a combustão
Esqueci da tuas nádegas!
Que refletem a luz da lua, do sol, da lamparina, do fogo
Somos mortais, sim!
Mas quando morrer quero que seja assim
Gozando, te tocando, gemendo, gritanto
Mas agora vou-me para outro lugar
Um lugar cada vez mais funébre: a realidade
Doentia realidade
Mas que há de construir a minha objetividade
Vou-me novamente, mais agora pra um lugar feliz
Lugar cheio de vida
Tua casa, teu quarto
Deitar-me debaixo do teu cobertor que exala teu cheiro
Cheiro de tara
Deito e você ordena:
Levante-se e erga esse seu pênis
Joque-me na parede
Faça-me mais uma vez ser teu banquete diário
Ai vou eu, mais uma vez
Foto: Paulo K. Ogino A. Chile
Inspiração: A mulher, o ser mais complexo que cada vez mais me surpreende com o seu comportamento e palavras.
sábado, dezembro 24, 2005
fogo, fogo que nos alimenta, purifica e destroe
Feliz natal a todos regado a essa bisteca e a Matadeira do bom Cordel!
Foto: Eu sob olhar do fogo assando a bisteca. Fotos do churrasco de Letícia aqui
A matadeira vem chegando
no alto da favela
no balanço da justiça
do seu criador
Salitre, pólvora,
enxofre, chumbo
O banquete da terra
Teatro do Céu
O banquete da terra
Teatro do Céu
Diz aí quem vem lá,
O velho soldado
O que trás no seu peito?
A vida e a morte
E o que trás na cabeça?
A matadeira
E o que veio falar?
Fogo
A Matadeira
Cordel Do Fogo Encantado
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Um post a Bukowski!
Recentemente dei um presente a uma amiga apaixonada por contos: O livro A mulher mais linda da cidade de Charles Bukowski. A obra é uma coletênea que reúne alguns contos fabulosos deste louco escritor. Bukowski mostra um mundo regado por embriagez, vababundagem e sexo barato pelo cantos fedorentos e escuros de Los Angeles, seu estilo literário relata uma vida safada a luz da poesia etílica e realidade obscura através de personagens nada convencionais, no qual não existem heróis e nem bandidos, apenas a relação do indivíduo e prazeres do mundo boêmio. Um trecho do conto O grande Casamento Zen Budista, muito me atraiu, devido ao fato de ser uma perfeita explanação da condição humana e o vazio de sua existência, seus interesses e práticas banais. Eis o trecho:
"A raça humana sempre me causou nojo. Intrinsecamente, o que torna tudo nojento é a morbidez do relacionamento familiar, o que abrange casamento, intercâmbio de pode e auxílio, e isso, feito ferida, uma lepra, transforma-se então: no vizinho de porta, na redondeza, no bairro, na cidade, no município, no estado, no país...em todo mundo, um agarrado ao cu do outro, na colméia da sobrevivência pela imbecialidade de um medo animalístico".
Charles Bukowski. O grande Casamento Zen Budista.
Veja alguns contos do velho Buk.
"A raça humana sempre me causou nojo. Intrinsecamente, o que torna tudo nojento é a morbidez do relacionamento familiar, o que abrange casamento, intercâmbio de pode e auxílio, e isso, feito ferida, uma lepra, transforma-se então: no vizinho de porta, na redondeza, no bairro, na cidade, no município, no estado, no país...em todo mundo, um agarrado ao cu do outro, na colméia da sobrevivência pela imbecialidade de um medo animalístico".
Charles Bukowski. O grande Casamento Zen Budista.
Veja alguns contos do velho Buk.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Poesia Erótica em Tradução e La Fontaine
Epigrama
Amar, foder: uma união
De prazeres que não separo.
A volúpia e os desejos que são
O que a alma possui de mais raro.
Caralho, cona e corações
Juntam-se em doces efusões
Que os crentes censuram, os loucos.
Refletem nisto, oh minha amada:
Amar sem foder é bem pouco,
Foder sem amar não é nada.
La Fontaine
Este poema de Jean de La Fontaine foi extraído da obra Poesia Erótica em Tradução organizado e traduzido por José Paulo Paes (Cia. das Letras), de onde foi retirado também o poema anterior "Uma Mulher Espera por Mim" de Withman. Esta obra ao meu ver, é um dos poucos livros que agregam poemas de cunho erótico e que condensa a magia e beleza da poesia sob uma perspectiva sensual, histórica e as vezes cômica. O autor apresenta um rico conteúdo textual sobre o erotismo X pornografia e pequenos resumos sobre os autores contidos nessa coletânea.
La Fontaine é conhecido pela vasta produção literária de fábulas, é considerado um escritor classicista, no sentido de que o classicismo não propicia a expressão do sentimento, que é o núcleo da poesia lírica. Epigrama demostra uma relação entre sexo e amor, estes ações e sensações indissociáveis. No classicismo os géneros poéticos mais cultivados são o satírico e o didático, bastante presentes nas obras de Jean de la Fontaine.
Foto: Duerme de Mariano Rodríguez (Argentina). Suas fotos refletem a inspiração erótica do desnudo sobre a sua musa unificando expressão corporal, cor e libido, fusão perfeita pra ilustrar o poema de La Fontaine.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Produção Acadêmica, Fotografias e Blogs Legais
Mesmo sem ter ido aos eventos em São Paulo (3º SIBD e PGL) no qual obtive trabalhos aprovados para apresentação oral, consegui a publicação de alguns artigos.
Artigos Publicados na UnibiblioWEB (USP, UNESP e Unicamp) do 3º Simpósio Internacional de Bibliotecas Digitais:
REPOSITÓRIO SEMÂNTICO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM
TECNOLOGIA OPEN SOURCE NA CRIAÇÃO DE BIBLIOTECA DIGITAIS
Fotos que focalizam exatamente visões nada superficiais. Este site apresenta um portfólio de artistas de várias regiões em diversas categorias.
Lista de Blogs Poéticos legais, em especial este sobre poesias e ilustrações eróticas. Numa concepção da arte sob o ponto de vista da liberdade de pensamento e expressão humana, vejam este sonho azul
Artigos Publicados na UnibiblioWEB (USP, UNESP e Unicamp) do 3º Simpósio Internacional de Bibliotecas Digitais:
REPOSITÓRIO SEMÂNTICO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM
TECNOLOGIA OPEN SOURCE NA CRIAÇÃO DE BIBLIOTECA DIGITAIS
Fotos que focalizam exatamente visões nada superficiais. Este site apresenta um portfólio de artistas de várias regiões em diversas categorias.
Lista de Blogs Poéticos legais, em especial este sobre poesias e ilustrações eróticas. Numa concepção da arte sob o ponto de vista da liberdade de pensamento e expressão humana, vejam este sonho azul
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Mulheres e Erotismo poético
Poesias Eróticas em homenagem ao ser mais maravilhoso do mundo!
UMA MULHER ESPERA POR MIM
Withman
Uma mulher espera por mim, nela tudo se contém, não falta nada,
No entanto faltaria tudo se lhe faltasse o sexo ou a umidade do homem certo.
Tudo se contém no sexo, corpos, almas,
Significados, provas, purezas, delicadezas, proclamações, efeitos,
Ordens, canções, higidez, orgulho, o mistério materno, o leite seminal,
As esperanças todas, bens outorgas, todas as paixões, belezas, amores, os deleites da terra,
Todos os governos, juízes, deuses, o cortejo de pessoas da terra,
Tudo se cóntem no sexo como partes de si e justificações de si.
Sem pejo o homem de quem gosto sabe e confessa as delícias do sexo,
Sem pejo a mulher de quem eu gosto sabe e confessa as do sexo dela.
Pois eu me afasto das mulheres insensíveis,
Para ficar com que espera por mim, e com as mulheres de sangue quente que me satisfazem,
Eu vejo que elas me compreendem e não me repudiam,
Vejo que são dignas de mim e serei delas o marido vigoroso,
Essas mulheres não são em nada inferiores a mim,
Têm o rosto tisnado pelo brilho dos sóis e pelo sopro dos ventos,
Há na carne delas, antigas e divinas, agilidade, força,
Elas sabem nadar, remar, montar, lutar, atirar, correr, bater, recuar, avançar, resistir, defender-se sozinhas,
São supremas por direito próprio-são calmas, límpidas, donas de si mesmas.