quinta-feira, outubro 16, 2008

Ficou aquilo



Amor??
Até hoje não sei
Nem nunca!
Nem paixão
Nem atração
Nem amizade
Ou tudo
tudo que agrega
E vai além da fraternidade
Que foge da eternidade
Mas sei desse calor
Calor que permeia meu coração
E alimenta minha combustão
Diga-me o que faço?
Representando, forjando um Ser escasso
Todavia, pensando o quanto precisei de espaço
Ou talvez tu fostes apenas um mangue
Que cria, protege e algum eu vem e detona
E tudo isso vem a tona
Só ficou aquilo
vivendo no sigilo
Sigilo este que emite paixão;
Amor, decepção, cria..
Meu anjo,
Linda, um dia eu manjo...

quinta-feira, setembro 20, 2007

Uns dias


Fim de tarde em Paulista, upload feito originalmente por roosewelt.

Em um dia tive uma vontade
Com essa tua blusa branca penso
Penso e conseqüentemente exprimo
Numa sóbria embriaguez sinto você me embebedar
Embregado com teu vinho cor-de-sangue paixão
Entorpecido pelo teu sorriso
Num toque suave que eu preciso
Num toque rígido no teu corpo
Enclausurando o nosso desejo
Ora, eu quero ver e vejo
Expandindo o nosso beijo

No outro dia integrei lábios, fantasias e pele
Na mais delirante febre
Apenas uma esmola de amor
Sim, implorando, por favor
Na oscilação de coragem o medo é supérfluo


No dia entre paredes descubriu o novo
Provou do gozo
Alimentou de novo
Mas teve certeza da sua mágica boca
E se as bruxas tivem essa sua magia?
Anjos mágicos do tesão ardente
Sendo levado pela audácia da mente


Na beira do lago encontrei o luar perfeito
Sentindo o gozo no peito
E hoje o coração interopera
Redes que interligam a mais avançada das razões
Racionalizando o coração
Concebendo a paixão
Assumem-se divisões, anseios, viagens
Mas sobretudo, imagens
Assim a música mais uma vez rega a alma
E corpos são acendidos com a mais afobada calma

Roosewelt Lins

Este é um crono-poema, foi criado de acordo com eventos ocorridos em determinados dias. A relação entre o possuidor e possuído é dissolvida, é uma relação simbiótica, ora o indivíduo está possuindo alguém, ora é possuído, caracterizando uma relação intrínseca. O tempo modularizou os acontecimentos, cada dia ocorre um fato e gera um sentimento, formando gradativamente a história narrada em versos. Esses verso é nada mais nada menos que um elogio aos sentimentos e virtudes amorosas do ser humano. O tempo pode ser um antídoto para cicatrizar feridas antigas, mas também podem transformar estas feridas dolorosas em fontes de prazer e amor.

Influência: Eddie, Max de Castro, Céu, experiências pessoais, estadia em Recife (especialmente na UFPE), recortes cotidianos, lembranças..


sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Samba do Sequestro na quinta Flower

Vou seqüestrar seu coração
E seu cativeiro vai ser um jardim
Com rosas plantadas por mim
Com rosas
Vou seqüestrar seu coração
E seu cativeiro vai ser um jardim
Com rosas plantadas por mim
Com rosas

Vou mandar uma carta a seus pais
Com letras recortadas de jornais
Dizendo que por dinheiro algum
Por resgate nenhum
te devolvo nunca mais

Se a polícia aparecer
Vou botar pra correr
Vou botar pra correr

Entre você e eu só a sala e o corredor
Que é pra você morrer de amor
Que é pra você morrer de amor

Vou mandar uma carta a seus pais
Com letras recortadas de jornais
Dizendo que por dinheiro algum
Por resgate nenhum
Te devolvo nunca mais

Samba do Sequestro
Monjolo


segunda-feira, dezembro 25, 2006

Mundo Livre S/A - Carnaval inesquecível na cidade alta

fabuloso!

quarta-feira, novembro 22, 2006

TRAPT - STAND UP

Trapt é uma bandinha boa. Vocal meio pós-grunge, guitarras com afinação baixa, letras melosas, o vocalista é meio chorão, mas é um som interessante de se ouvir e sair cantando por ai.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Dando vida as coisas que parecem mortas

"Por que fazer sofre a minha
pobre próstata inerme?"
Como eu queria ter a
Expressão exata pra confessar
O que nunca disse a ninguém
Do fundo da minha gônada
Eu te juro meu bem:
Eu prefiro você a qualquer vira-lata
"O minha pobre próstata inerme..."
Com todo o prazer eu lhe daria
Mais de um terço dos meus neurônios
(ou metade dos meus néfrons, que tal?)
Contanto que você jamais me beijasse
Depois de ter tomado aquele café preto...
*quente, amargo e preto*

A Expressão Exata
Mundo Livre S/A


quarta-feira, agosto 16, 2006

Versos recortados


Carlos Drummond de Andrade, originally uploaded by roosewelt.

Amor é "perpétuo" paixão é efémera
Triste daqueles vivem apenas da luz da paixão
feliz dos que amam com o fogo da paixão
Amor é inteligência
Paixão é corporal, é fisico, o psicológico é secundário.

Foto: Poema de Drummond. Autor: Eu após acordar brincando de fotografar as pedrinhas sob um livro de versos.


segunda-feira, agosto 14, 2006

Sem metáforas


Pedrinha miudinha..., originally uploaded by roosewelt.

Sem metáforas

Eu poderia utilizar diversas coisas pra qualificar a tua beleza: uma
pedra preciosa
uma flor
um fenômeno natural,
mas prefiro apenas ficar com o meu simplismo e te dizer que és tão bela que nenhuma metáfora é capaz de descrever tamanho olhar meigo e toque suave de paixão neste mesmo olhar
ah! sou louco por olhares, vozes , sotaques e expressões faciais, triste de mim que não pude celebrar as tuas feições faciais a forma que você fala, vira a cabeça, mexe o cabelo...

Tudo isso faz parte da beleza...a bunda, o quadril, os seios teu sexo são apenas detalhes para amplificar a líbido, mas o segredo está nessas expressões citadas.


Foto: Pedras em Macro, Autor: Eu em casa clicando os objetos simples.

sábado, julho 15, 2006

Assinar o contrato da paixão...

assinar o contrato da paixão, ou seja, o ato inicial, o toque de lábios e o sentir dos corpos.

Foto: Sol da praia de São Marcos, São Luís, MA, autor: Eu tentando fazer poesia visual


terça-feira, julho 04, 2006

Janela mostra tua beleza!


Janela mostra tua beleza!, originally uploaded by roosewelt.

Não Basta

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro
Foto: Janela colonial do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho. Autor: Eu mesmo tentando enquadrar
Poesia: Alberto Caeiro, Heterônimo fabuloso de fernando Pessoa